saúde pública

Governo adia a data de abertura do Hospital Regional novamente

Thays Ceretta

Foto: Charles Guerra (Diário)
A previsão é que o ambulatório comece a funcionar no dia 30 de maio

Um assunto polêmico e importante para pacientes de Santa Maria e da região é tema em diversos setores de saúde e também fora dele. Na manhã desta quarta-feira, o secretário estadual de Saúde, João Gabbardo do Reis, aceitou o convite feito pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa para prestar explicações sobre o Hospital Regional de Santa Maria. Antes de responder a perguntas dos deputados, Gabbardo garantiu que o atendimento do hospital será 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e que o primeiro setor a começar a funcionar será o ambulatório de especialidades, conforme anunciado em visita a Santa Maria no dia 19 de janeiro.

A novidade é que a data para a abertura desse serviço foi alterada. A previsão era que a inauguração ocorresse no dia 30 de abril, porém, de acordo com Gabbardo, o contrato e o convênio estão sendo finalizados e, por isso, a data sofreu mudanças. 

_ Apesar de ter demorado mais do que se esperava, devido à complexidade do tema, eu acredito que, ainda no mês de março, esteja concluída essa fase. A Procuradoria-Geral do Estado tem nos ajudado muito nesse aspecto. Pensávamos em abrir o atendimento ambulatorial no final de abril. Mas, no final de maio, com certeza, ainda no primeiro semestre de 2018, o serviço estará funcionando. A prioridade do atendimento do ambulatório será para os pacientes com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, depois para os casos envolvendo traumas, como traumatismo craniano, traumatismo na área da ortopedia e traumatismos neurológicos. O hospital também vai fazer a reabilitação, sendo um centro de referência _ informou o titular da saúde do Estado.

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O deputado estadual Valdeci Oliveira (PT) também questionou a assinatura do contrato que estava prevista para ocorrer no mês passado e, além disso, comentou sobre a contratação da equipe para trabalhar no Regional. Gabbardo disse que o número de profissionais deve chegar a mil quando todo o complexo estiver em pleno funcionamento. Porém, em um primeiro momento, serão selecionados de 200 a 300 funcionários para abrir o ambulatório.

De acordo com o coordenador da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social _ Sine de Santa Maria, Ramiro Dutra, uma equipe do Instituto de Cardiologia esteve no local para conhecer a estrutura e as instalações para uma possível parceria na contratação dos profissionais. Ainda não há nada definido, nem mesmo o período de envio dos currículos.

No que diz respeito aos equipamentos e ao mobiliário do Regional, o secretário disse que eles estão orçados em R$ 50 milhões. A ideia, segundo Gabbardo, é que os aparelhos sejam adquiridos pelo Instituto de Cardiologia - Fundação Universitária de Cardiologia, que irá gerir o complexo hospitalar. A prioridade será fazer locações em vez de compras, para reduzir os custos.

_ Paralelamente à abertura do ambulatório, nós vamos tratar de colocar os equipamentos e do mobiliário em outros setores para viabilizar, logo adiante, o funcionamento dos leitos. Não ficaremos parados. O ambulatório começa, e os demais equipamentos vão a chegar. Realmente, tem pequenas obras que são necessárias e que serão feitas pelo município de Santa Maria, que se comprometeu com essa ação. No momento em que assinarmos o contrato, isso deve começar _ complementou.

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A obra do prédio que custou cerca de R$ 70 milhões, recurso bancado pelo Ministério da Saúde, precisará passar por reformas e adequações. A administração do hospital está com o levantamento feito por arquitetos e engenheiros da Secretaria Estadual de Saúde e do Instituto, mas ainda falta a autorização para dar início ao serviços. O mesmo ocorre com as pequenas adequações que ficaram sob responsabilidade da prefeitura de Santa Maria, pois o Executivo aguarda a permissão para começar os serviços que devem durar cerca de 30 dias.

Na semana passada, uma equipe da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (4ª CRS) esteve na Secretaria Estadual de Saúde, em Porto Alegre, tratando do plano de ação sobre o funcionamento do ambulatório do Regional. A previsão era que o Estado encaminhasse o documento à instituição que fará a administração do hospital ainda hoje. 

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